quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Cristo de Deus

Ele já houvera sido cantado por inúmeros profetas de Seu povo, que O designavam como o Messias, o Salvador.

Em torno de Sua figura, as mais variadas expectativas se construíam. As esperanças de uma nação, firme e sincera em sua fé monoteísta, aguardavam a Sua vinda.

Àquela época, longe se faziam os tempos dos profetas, e as bocas, desde há muito haviam se calado para as vozes dos céus. A águia romana, que dominava a tudo e a todos, fazia subjugados e servos.

Assim, não eram poucos aqueles que tinham na figura do Messias a concretização dos sonhos de libertação, de retomada da Terra Prometida a Moisés, a Canaã.

As expectativas em torno do Messias eram inúmeras, porém, todas de caráter temporal e passageiro, vinculadas às coisas do mundo.

Ele chegou, anunciando que Seu reino não era deste mundo. Embora não negando Sua realeza, desprezava os tesouros do mundo, alertando que esses a ferrugem corrói, a traça come e os ladrões roubam.

Afirmava ser a Luz do mundo, mas evitava o brilho vazio das coisas do mundo. Com a mesma naturalidade que travava reflexões profundas com sábios e estudiosos, falava à multidão iletrada e ignorante.

Era capaz de explicar as coisas de Deus ao Doutor da Lei que O interpelava, assim como aos simples pescadores que O escutavam.

Em uma didática perfeita, soube utilizar das coisas do cotidiano, como o grão de mostarda, a pedra do moinho, a figueira seca, para explicar profundos conceitos de vida.

Analisava as leis do Seu povo não com os olhos, que veem as letras, mas com o coração, que enxerga a alma, dando novo alento às dores e às provações da vida.

Dava pouca ou nenhuma importância à externalidade da fé, das ações e dos sentimentos, se esses não tinham sua nascente no coração, chegando a comparar alguns seres a sepulcros, caiados por fora, e cheios de podridão por dentro.

Alertava acerca dos perigos e desafios da vida, colocando-Se sempre como o Bom Pastor, a cuidar de cada uma das Suas ovelhas que o Senhor da Vida Lhe confiou aos cuidados.

Incitava ao progresso, comparando as criaturas ao precioso sal da terra e convocando-as à responsabilidade, a fim de que o sal não viesse se tornar insosso.

Ofereceu roteiro de felicidade e paz, ao cantar o poema das bem-aventuranças, oferecendo caminho seguro para seguir. Não mais a guerra, a vingança, a revolta, pois bem-aventurados serão os mansos, os pacíficos, os aflitos.

Disponibilizou-Se como servidor de todos, ao convidar a que a Ele se achegassem os cansados e aflitos, pois Ele lhes aliviaria as pesadas cargas e dores.

E, ainda hoje, Ele aguarda a decisão de cada um de nós, a segui-lO, tomar do Seu fardo que é leve e do Seu jugo que é suave.

Já se vão séculos desde que Sua voz cantou as Leis de Deus em perfeição, pelos caminhos da Palestina, encontrando eco em muitos corações que, ao longo da História, se deixaram imolar por amor do Seu nome.

Ele ainda aguarda pacientemente que o Seu verbo encontre ressonância em nossa intimidade, e definitivamente O aceitemos como Modelo e Guia para nosso agir.
Redação do Momento Espírita.



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Felicidade


É através da dor que a vida nos ensina as mais
sublimes lições. A estrada do bem está cheia de
tropeços e dificuldades, mas é por ela que
 se chega aos campos floridos da felicidade.

Lealdade

Lealdade não é acreditar em tudo que o outro diz, ou que ele está sempre certo. Lealdade é ter um ideal em comum, e apesar das diferenças lutar por ele, confiando na boa vontade de seu parceiro

Karl Menninger

Ser feliz



Eis uma ordem preciosa: seja feliz! Quantas vezes dizemos isso uns aos outros, desejando, intensamente, que se torne realidade?

Em verdade, cada um de nós deveria ter como meta, em sua vida, ser feliz.

Quase sempre, criamos infelicidade para nós mesmos, através de nossas atitudes.

E, no entanto, nunca se falou tanto, como na atualidade, em ser feliz, em conquistar valores positivos. Parece ser a tônica do momento.

Parece que as pessoas estão descobrindo o propósito da Divindade para conosco.

O mundo não é um local onde nascemos para sofrer, embora o sofrimento possa fazer parte de nossas vidas.

Não é um local onde viemos somente para nos esfalfarmos em conquistas materiais, mesmo que necessitemos trabalhar para nos sustentarmos, para adquirirmos certo conforto.

O importante é se ter a certeza que podemos melhorar muito nossa qualidade de vida, se desejarmos.

Vejamos algumas dicas.

Não se preocupe, em demasia. Quem se estressa o tempo todo, pode desencadear problemas cardíacos. E não consegue ver o lado bom das coisas.

Concentre-se e termine. Isto é, faça uma coisa de cada vez. Termine uma tarefa e depois passe para a seguinte.

Não queira fazer muitas coisas ao mesmo tempo.

O Mestre de Nazaré, há mais de dois milênios, prescreveu que a cada dia bastam as suas próprias preocupações.

Mande a raiva embora. Ela faz as artérias se contraírem, a taxa de batimentos cardíacos disparar e deixa o sangue mais grosso e fácil de coagular.

Quando tiver que enfrentar alguma situação exasperante, conte até dez. Isso faz o cérebro passar da emoção para o pensamento racional.

Respire fundo. Pense e não reaja.

A Sabedoria Nazarena prescrevia que perdoássemos aos nossos inimigos.

Cuide do lado espiritual. Você pode participar de determinada religião, exercitar a sua fé. Ou pode meditar, passar algum tempo sozinho, prestar serviços a uma boa causa.

Lecionava Jesus: Amai o vosso próximo como a vós mesmos.

Controle as imagens do cérebro. Não exagere nas observações e não alimente ideias negativas.

Não alimente a sua carga emocional com pensamentos como: Esse emprego vai me matar.

Sorria. Ria. Ouça música alegre. Isso relaxa os vasos sanguíneos e aumenta o fluxo do sangue. Seu corpo se sentirá melhor.

Recomendava o Nazareno: Alegrai-vos...

Alimente a sua mente com coisas positivas. Escolha leituras que lhe façam bem, que o motivem à serenidade, a reflexões altruístas.

Sábio foi o Mestre Jesus nos conclamando a que tivéssemos vida e vida em abundância. Isto quer dizer, qualidade de vida, que contempla o espiritual, o emocional, o físico.

Pensemos nisso e alteremos nossa forma de nos conduzir nesta Terra. Em pouco tempo, sentir-nos-emos mais leves, felizes, tudo olhando com as lentes positivas de quem está disposto a contribuir para a paz do mundo que, sempre, começa na nossa própria intimidade.


Extraídas do artigo Um coração saudável em meia hora,
de Seleções Reader’s Digest, de abril de 2010.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Reflexão

Não plante ódio, que ao invés de nascer flor nascerá só espinhos.

Não fale mal, sem ter certeza porque tudo que falar pode cair sobre seu ombros.
Não inveje o que não te pertence, quem produz sempre tem o que merece.

Não critique os modos de alguém, ninguém nasce perfeito.
Aquele que poderia ser perfeito morreu à muito tempo. Se deu a cara a tapa, não vire a outra face, poderá se machucar.

Nada nessa vida é fácil! mas você pode melhorar.

Não pense que você é incapaz.
Você é capaz de muitas coisas.

Não se coloque pra baixo, quando tudo parecer perdido...acredite mais em você!
Ódio, mágoa e ressentimento só nos leva a sofrer, são sentimentos que acaba nos isolando de tudo.
Erga a cabeça, você está entre nós por algum motivo...não se sinta excluída por nada.

Se sinta importante!
Você é importante.
Alguém pode estar precisando de você!

Se sinta amada!
Você é amada.

Se você encontrar pedras em seu caminho, não desanime...retire uma a uma mas sem jogar na direção de quem está a sua frente.

Você é uma pessoa forte.
E tem um brilho especial...

Você é especial...Acredite!
O sol nasce para todos.
E ele brilha em sua direção.
O maior dom que você vai receber na vida é o de acreditar em si mesmo.
Guarde-o com todas as suas forças, pois ele é a única coisa que será sempre realmente sua.

Tiffany L. Rowe

O amor não morre

Um compositor brasileiro teve oportunidade de se expressar quanto ao amor, dizendo que O amor é eterno enquanto dure.
É, com certeza, uma visão parcial do amor. Talvez a visão de um amor não verdadeiro. Uma tênue aparência de amor.
A vida nos mostra exemplos inúmeros de que o amor não fenece, não se extingue. Nem o tempo, nem as circunstâncias mais adversas o apagam.
Foi por essa razão que Ida Brown escreveu para o editor de um jornal, dizendo de sua fidelidade à sua coluna. E pedindo um favor.
Ela dizia ter oitenta anos, ser viúva e se encontrar em uma casa de repouso. Contava que, aos dezessete anos, se apaixonara por um rapaz.
Ele era pobre e sua família recém-chegada do Leste Europeu. Ela era rica, de família influente, quarta geração de americanos vindos da Alemanha.
Ele tinha vinte e três anos. Amavam-se. A família de Ida, contudo, não desejando, de forma alguma, aquele consórcio, a levara para a Europa por quase um ano.
Quando ela retornara, seu grande amor não estava mais na cidade. Parecia ter desaparecido da face da Terra. Ninguém sabia para onde ele fora.
Ela acabara por se casar, mais tarde, com um homem maravilhoso com o qual vivera por cinquenta anos. Mas, ele morrera há um ano e agora, ela não conseguia senão pensar no antigo amor.
Desejo encontrar Harry, é o que ela escrevia. A única pista que lhe posso fornecer é o nome dele completo e o antigo endereço.
E concluía a carta com um Aguardo com fé e ansiedade a sua resposta.
O homem, embora cheio de afazeres, se emocionou com a carta e prometeu a si mesmo ajudá-la.
Várias semanas depois, ele fez uma viagem e foi até a Casa de Repouso.
Foi ao sexto andar e falou com um cavalheiro idoso, mas elegante, com os olhos brilhando de inteligência e energia.
Depois, o tomou pelo braço e o levou até o elevador. Desceram ao terceiro andar, onde Ida estava esperando.
O encontro foi dos mais emocionantes. Sem que soubessem, os dois estavam morando na mesma Casa de Repouso, há cinco meses, a três andares de distância.
Algumas semanas mais e o editor do jornal retornou à mesma Casa de Repouso.
Desta vez, para assistir ao casamento de Ida e Harry, com mais de cinquenta anos de atraso.

* * *

Você pode pensar que esta é mais uma história ideal para um filme hollywoodiano. Pode ser. Mas a arte imita a vida, se serve de exemplos de amor para os imortalizar nas telas.
O amor existe. Aí estão milhares de casais a dizer que ele é verdadeiro. E nada o arrefece.
O verdadeiro amor é profundo como o mar, infinito como o céu.
Cultivemo-lo!

Redação do Momento Espírita, com base em história do livro
Pequenos milagres, v. II, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal,
ed. Sextante e penúltima frase colhida no cap. XLIV, do livro
Depois da morte, de Léon Denis, ed. Feb.

Imagem:http://stoa.usp.br/anacesar/files/

sábado, 3 de julho de 2010

Nuvens que passam

O dia amanhecera ensolarado. Nos quintais, a criançada se divertia, correndo, rindo esse riso solto de quem sonha venturas.

De repente, o vento se fez forte, açoitando a copa das árvores, arrancando-lhes folhas da cabeleira verde e espessa, jogando-as à distância.

Parecia que, de repente, a natureza houvesse enlouquecido e, desgrenhada, uivasse pelas ruas e praças, obrigando os transeuntes a procurarem abrigo.

O céu se cobriu de nuvens escuras, prenunciadoras de chuvas e o dia se fez noite, em plena manhã.

Depressa se fecharam janelas, se recolheram pertences.

Dos céus jorraram águas abundantes, fustigadas pela ventania, que as arremessava, com força inclemente, contra as casas, os muros, as grandes árvores.

Foram somente alguns minutos. Depois, os relâmpagos se apagaram e a chuva parou.

Uma grande quietude invadiu a natureza. A ramagem verde sacudiu as últimas gotas d´agua, o vento bocejou cansado, recolhendo-se.

Algumas horas passadas e o sol voltou a sorrir raios de calor e luz.

Quem olhasse para o céu iluminado, dificilmente acreditaria que há pouco a borrasca se fizera violenta.

* * *

Assim também é na vida.

Os momentos de lutas e de bonança se alternam.

Quando o sofrimento chega, em forma de enfermidade, solidão, desemprego, morte dos afetos mais chegados tamanha é a dor, que deixa em frangalhos o coração.

Acreditas que não haverá mais esperança, nem amanhã, nem alegrias. Nunca mais.

Tudo é sombrio. As horas, os dias, os meses se arrastam pesados. A impressão que tens é que nada, jamais, porá fim ao fustigar das dores.

Contudo, tudo passa como a chuva rápida do verão, logo substituída pelos raios do sol.

E transcorrido algum tempo, ao lembrares daquele período de dores, dirás a ti mesmo: Meu Deus, nem acredito que passei por tudo aquilo. Até parece um sonho distante.

Porque tudo passa na vida, porque tudo é transitório, passageiro, não percas a esperança.

O que hoje é, amanhã poderá ter feição diferente, deixar de ser.

Acima de tudo, recorda que o amor de Deus te sustenta a vida e não há, no Universo, força maior do que a presença de Deus atuando favoravelmente.

Dessa forma, quando a inclemência das dores te fustigarem a alma, recolhe-te à meditação e ouvirás o pulsar do Cosmo.

No silêncio identificarás as vozes da Imortalidade te falando aos ouvidos da alma, dizendo-te da vitória que haverás de alcançar.

Refugiando-te na oração, dialogarás com Deus, com a intimidade do filho ao pai ou ao coração de mãe.

Não entregues a batalha a meio. Prossegue. Embora as nuvens carregadas de dissabores que possam te envolver, lembra que logo mais, amanhã, outro dia, em algum momento, o sol voltará a brilhar.

Sol em tua alma, em tua vida. Pensa nisso e aguarda um tanto mais, antes de te entregares à desesperança.

Deus tem certeza do teu triunfo e da conquista plena de ti mesmo.

Confia nEle.

Redação do Momento Espírita.

Selinho

Recebi esta fofura da amiga Wilma do blog:

Regrinha:


Escolher 3 companheiras e repassar o selinho.
Assim a gente forma uma corrente positiva de carinho.
E responder :O que você vai fazer nestas férias?
Bom eu vou aproveitar o tempo livre para descansar e ler muito
Repasso:
Obrigada Wilma.

domingo, 20 de junho de 2010

Dias de solidão

Tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu. Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.

São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.

São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.

Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si. Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.

Outras vezes são os problemas econômicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.

A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.

Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.

Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e, ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.

Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.

Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.

Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam retos nosso proceder e nossas ações. Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.

Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.

Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.

Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.

* * *

Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7,
do livro Atitudes renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Imagem do site http://eltonpacheco.wordpress.com/2009/05/

Dificuldades...

Tire de cada dificuldade que a vida lhe trouxer a lição de que nada tem valor a não ser o que é conquistado, lembrando sempre que o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
minutosabedoria.com.br

sábado, 5 de junho de 2010

Caminhos


São muitos os caminhos... Caminhos tranquilos, plenos de flores, transitados sem problemas nem esforço.
Caminhos tortuosos, difíceis, cheios de pedregulhos, de aspereza e dificuldades.
Caminhos fáceis que conduzem a abismos profundos, como gargantas abertas no verde da selva.
Caminhos desconhecidos, que conduzem a alturas imensuráveis, margeando a montanha.
Caminhos de lama, após a chuva torrencial. Caminhos áridos, na terra castigada pelo sol ardente.
Caminhos ásperos, cheios de ervas daninhas e espinheiros. Caminhos curtos. Caminhos longos.

Em verdade, todos os caminhos têm algo em comum: o de permitirem ao viajante chegar a algum lugar.

Assim, o mais importante não é escolhe-lo por sua beleza, facilidade ou comprimento. O mais importante é saber onde se pretende chegar.

Na Terra, todos andamos por várias vias: as da comodidade, dos prazeres, das facilidades. São os caminhos curtos, fáceis e que conduzem o ser às bocas escancaradas dos abismos das paixões.

Existem aqueles que, de forma egoísta, preferem caminhar solitários e se perturbam após exaustiva marcha.

Os maus seguem trilhas suspeitas e se perdem em sombras.
Os que se afeiçoam ao bem seguem os caminhos da esperança e se iluminam. São vias de dificuldades, de tormentos e de dissabores. Caminhos espinhosos e difíceis, mas que dão acesso a portos de paz.

São eles que permitem ao homem alcançar as paragens superiores do bem que nunca morre e do amor que sempre dura.

Os servidores da caridade escolhem roteiros de ação constante pelo bem ao próximo e alcançam lugares de ventura.

A opção é individual e cada um a realiza de acordo com os sonhos e ideais acalentados na alma e os valores que carregue em sua intimidade.
Alcançar a felicidade breve e fugaz ou conquistar a alegria perene é decisão pessoal.

Na diversidade de tantos rumos, os homens se perturbam ou se tornam livres.

Contudo, não há ninguém que siga pelos caminhos de Jesus e que não deixe de alcançar o fim que almeja: a felicidade integral.

Hoje como ontem, Jesus, o Mestre incomparável, prossegue convidando o Seu rebanho, desejando atrair todos para Si.

O Seu convite perene é para que nos acerquemos Dele usufruindo de paz, alcançando a esperança e trabalhando sempre.

* * *
Ante a falta de tempo de que tanto reclamamos, face aos inúmeros quefazeres do dia-a-dia, é necessário parar para revisar e repensar Jesus.

Retornar aos Seus caminhos e percorrê-los com ternura é tarefa inadiável ao ser humano.

Assim procedendo, com certeza haveremos de experimentar o calor da Sua presença e a presença do Seu amor.
Ninguém há que possa prescindir de Jesus, escolher outros caminhos e ser feliz.

Redação do Momento Espírita com base no prefácio do livro
Pelos caminhos de Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Quantas vezes não pronunciamos no momento oportuno as palavras que gostaríamos de dizer, pelo medo de parecermos ridículos e imaturo... Quantas vezes ficamos porque tivemos medo de partir... Quantas vezes partimos porque tivemos medo de ficar... Quantas vezes dizemos baixinho o que na realidade gostaríamos de gritar...
minutosabedoria.com.br

terça-feira, 1 de junho de 2010

Viver agora


Este é o teu momento de viver intensamente a realidade da vida.

Desnecessário recordar que, agora, o teu momento presente é relevante para a aquisição dos bens inestimáveis para o Espírito eterno.

Há muito desperdício de tempo, que se aplica nas considerações do passado como em torno das ansiedades do futuro.

A tomada de consciência é um trabalho de atualidade, de valorização das horas, de realização constante.

A vida é para ser vivida agora.

Postergar experiências significa prejuízo em crescimento na economia da vida.

Antecipar ocorrências representa precipitação de fatos que, talvez, não sucederão, conforme agora tomam curso.

As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam ou gastam a energia vital, que deve ser utilizada na ação do momento.

* * *

Se vives recordando o passado ou ansiando pelo futuro perdes a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.

O momento atual é a vida, que resulta das atividades pretéritas e elabora o programa do porvir.

Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.

A vida é um sublime dom de Deus.

Naturalmente, quando recebes um presente de alguém sentes o desejo irrefreável de agradecer, de louvar, de bendizer.

Desse modo, agradece a Deus o sublime legado, que é a tua vida, por Ele concedido.

* * *

Deus, nosso Pai de infinita justiça e bondade:

Como é bom agradecer pela vida, por esta oportunidade sem igual de fazer parte de teu Universo resplandecente.

Brilha meu coração quando, ao observar o cântico da Tua natureza, percebe que tudo é feliz e cumpre seu papel resignadamente.

Brilha meu coração quando compreendo Tuas leis perfeitas a reger o cosmos; das leis que equilibram os corpos no espaço às leis morais que harmonizam as relações humanas.

Brilha meu coração ao saber que todos rumamos para a felicidade e que, embora acampemos agora em campos de aflição e dúvida, o passar das eras está construindo em nós as bases de dias felizes.

Brilha meu coração, hoje, agora, enquanto me dou conta de Ti, de mim, de meu próximo e percebo que estamos todos entrelaçados, e que a felicidade depende de como cuido de Ti, de mim e de meu próximo.

Brilha meu coração que é teu, Pai amado. E a luz que ele emite é a gratidão da criatura para com o Seu Criador.

É um despertar decisivo para a verdadeira vida, agora, aqui, na imensidão de minha alma encantada ao descobrir-Te, gradual e definitivamente.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 17, do
livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 01.06.2010.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ser feliz

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Aparências

O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.
Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.
Conforme o local, as exigências mudam.
Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.
Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.
Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.
Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.
É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.
Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.
Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.
Tudo o que é material é sempre efêmero.
Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.
A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.
É possível adotar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem estar do próximo.
A título de princípio, vale a disciplina do exterior.
Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.
Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.
Cedo ou tarde, as aparências cessarão.
Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.
Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.
A essência da criatura reside em sua realidade íntima.
Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.
Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.
Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.
Para os que estão a sua volta parecem exemplos de dignidade.
Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os veem de modo bem diverso.
Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.
Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.
Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.
Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.
Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.
Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.
Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.
Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.
Redação do Momento Espírita.
Em 21.05.2010

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Uma hora a mais...

O que você faria com uma hora a mais por dia? Já pensou nisso?

É comum reclamarmos que o dia é curto, que as horas voam. Final de semana e feriado, então, nem se fala: mal começam e já estão terminando.

E, durante a semana, há tanto que fazer: escola, trabalho, lar, estudo, tarefas, tarefas...

É bem possível que tenhamos sonhado com uma hora a mais no dia.

Mas, o que faríamos com essa hora extra, se ela nos fosse dada?

Determinada revista realizou a pesquisa e descobriu coisas muito interessantes.

Houve quem aumentaria o horário de trabalho. Outros disseram que aproveitariam para frequentar a academia, se exercitar.

Alguns optaram por utilizar a hora dormindo.

Na Espanha, metade dos que responderam à pesquisa consideraram que queriam uma hora a mais para estar com os seus entes queridos.

Os brasileiros foram os segundos a dizerem que optariam de igual forma.

Em dias que tudo parece tão superficial, que pais e filhos entram e saem do lar em horários diferentes, quase não se encontrando, em que visitas a familiares parecem estar no final da lista de deveres, é maravilhoso descobrir como há tantas pessoas que ainda cultivam o amor.

Estar com a esposa, com o esposo, para conversar, para realizar um passeio mais longo, para assistir ao pôr do sol abraçados.

Estar com as crianças, conferindo as suas lições da escola, verificando o quanto já dominam as letras, o traço no papel, as cores, as formas.

Ir ao cinema com a família, comprar pacotes de pipoca, e sentir o prazer de rir, chorar, emocionar-se. E, depois, no carro e em casa, por dias, comentar a cena mais divertida, a mais hilariante.

Comentar sobre a trilha sonora, o desempenho dos atores, a fotografia, os efeitos especiais.

Comprar o livro em que se baseou o filme e ler juntos, deliciando-se com a fantasia, encharcando-se de cultura.

Uma hora a mais para brincar com os meninos, chutar bola, correr.

Uma hora a mais para adormecer ao lado do filho, antes mesmo dele, porque o cansaço nos alcançou a galope.

Uma hora a mais... Não a vamos ter. O dia continuará tendo 24 horas.

O que necessitamos é nós mesmos administrarmos de tal forma o nosso tempo que tudo possamos fazer: trabalhar, estudar, estar com os amigos, privilegiar a família com nossa presença constante.

Pensemos nisso e, antes que a morte nos arrebate a vida física, aproveitemos os minutos, estando com nossos amores.

Vendo os filhos crescerem, como o jardineiro atencioso observa as plantas brotarem e se desenvolverem.

E, assim, estarmos atentos para o amor que nos requerem os filhos, os nossos pais idosos, os amigos que nos amam.

Ah, uma hora a mais por dia... Conquistemo-la com nossa boa administração do tempo.

Redação do Momento Espírita a partir da pesquisa realizada por Seleções
Reader’s Digest, publicada em seleções.com.br/umapergunta.
Em 13.07.2009.

domingo, 28 de março de 2010

A paz em você


glitters


A palavra paz costuma estar nos discursos de todas as pessoas.
Seja o político influente, o religioso, a mãe de família, o patrão ou o empregado, todos afirmam desejar a paz.
Contudo, é comum a percepção de que a paz é algo que se produz no exterior e por obra de outros.
Deseja-se a paz à custa de atos alheios.
Se ela não se faz presente, entende-se que a culpa é de terceiros.
Culpa-se o governo pelos estrépitos das ruas.
Culpam-se os políticos pela cultura de desonestidade que prejudica a tranquilidade.
Sempre são os outros os responsáveis.
Entretanto, toda realização legítima e duradoura começa no indivíduo.
As ideias surgem nas mentes de alguns, alastram-se, convertem-se em atos e gradualmente tomam corpo no meio social.
Toda conquista positiva perfaz esse caminho para se converter de ideia de poucos em realidade de muitos.
Com a paz não pode ser diferente.
Mas, em relação a ela, ainda há uma peculiaridade.
A genuína pacificação se opera no íntimo do ser.
O exterior tumultuado pode constituir um desafio à preservação da harmonia interior.
Ocorre que o silêncio do mundo não induz à paz interna.
Em geral, quem tem a consciência pesada busca se agitar bastante, a fim de não se deter na própria realidade.
Como algo interno, a paz legítima é uma construção pessoal e intransferível.
Ninguém se pacifica à custa do semelhante.
Um ser iluminado pode dar exemplos, conselhos e lições.
Contudo, pacificar-se é um processo de dignificação, que só o próprio interessado pode realizar.
Ele pressupõe a compreensão de que atos indignos sempre têm tristes consequências.
Ninguém adquire plenitude interior sem agir com dignidade e sem dominar seus pensamentos e sentimentos.
A entrega ao crepitar das paixões apenas complica a existência.
Os gozos mundanos são momentâneos, ao passo que a lembrança do que se fez dura bastante.
Não há como viver em paz e desfrutar de vantagens indevidas, prejudicar os semelhantes e fazer o que a consciência reprova.
O requisito básico da paz é a tranquilidade de consciência.
Para isso, é preciso tornar-se senhor da própria vontade.
Hábitos de longa data não somem em um repente.
Enquanto eles são dominados, a vontade precisa ser firme.
Para não viver torturado por desejos ilícitos, também se impõe deter o olhar no que de belo há no mundo.
Sem angústia, mas com a firme intenção de corrigir-se aos poucos, direcionar a própria atenção e o próprio querer para atividades dignas.
Devagar, surge o prazer de ser trabalhador, digno e bondoso.
Como resultado, faz-se a paz no íntimo do ser.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.

Muitas vezes é necessário que tudo se perca, para que se possa novamente reiniciar. Agora, com maior experiência, com vida, amor, dedicação, esperança em tudo que se irá construir para o amanhã, vivendo o dia de hoje e tirando como aprendizado o dia de ontem.
fonte: minutosabedoria

quarta-feira, 3 de março de 2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uma prece


Ao despertar, enquanto você abre os olhos e se espreguiça na cama, seja para o Senhor da vida o seu primeiro pensamento.
Meditando em tantas coisas que logo mais lhe tomarão todas as horas do dia, sem lhe deixar tempo para telefonar para o amigo que há muito não vê, ou almoçar com a família, eleve a Deus o seu pensamento e lhe diga:
Senhor, acalma meu passo. Desacelera as batidas do meu coração, acalmando minha mente.
Diminui meu ritmo apressado com a visão da eternidade do tempo. Em meio às confusões do dia-a-dia, dá-me a tranquilidade das montanhas.
Retira a tensão dos meus músculos e nervos com a música suave dos rios de águas constantes que vivem em minhas lembranças.
Ajuda-me a conhecer o poder mágico e reparador do sono. Ajuda-me a me preparar bem para o repouso de todas as noites, lembrando-me sempre que enquanto dorme meu corpo, eu, Espírito, adentrarei o verdadeiro mundo e irei aos lugares que a minha mente elegeu como meu tesouro.
Ensina-me a arte de tirar pequenas férias: reduzir o meu ritmo para contemplar uma flor, papear com um amigo, afagar uma criança, ler um poema, ouvir uma música preferida.
Ensina-me a ter olhos de ver a beleza do céu azul, um raio de sol, a chuva da tarde, o cair da noite, com seu manto aveludado bordado de estrelas.
Acalma meu passo, Senhor, para que eu possa perceber no meio do incessante labor cotidiano dos ruídos, lutas, alegrias, cansaços ou desalentos, a Tua presença constante no meu coração.
Acalma meu passo, Senhor, para que eu possa entoar o cântico da esperança, sorrir para o meu próximo e calar–me para escutar a Tua voz.
Acalma meu passo, Senhor, e inspira-me a enterrar minhas raízes no solo dos valores duradouros da vida, para que eu possa crescer até às estrelas do meu destino maior.
Obrigado, Senhor, pelo dia de hoje, pela família que me deste, pelo meu trabalho e, sobretudo, pela Tua presença em minha vida.
Tudo isto Te peço, Senhor, pois se estás comigo, em nenhum lugar me sentirei triste, porque, apesar da tragédia diária, Tu enches de alegria o Universo.
Se estás comigo, não tenho medo de nada, nem de ninguém, porque nada posso perder e todas as forças do Cosmos são impotentes para tirar-me o que me pertence, na qualidade de filho de Deus: o Teu amor.
Se estás comigo, tudo executarei em Teu nome. Enfim, em nenhum lugar me sentirei estranho, deslocado, porque estás em todas as regiões, na mais suave de todas as paisagens, no limite indeciso de todos os horizontes.

* * *
A brisa refrescante que arrefece o calor dos dias de verão somente nos beneficiará se a respirarmos compassadamente.
Somente poderemos sentir a chuva benfazeja que se derrama sobre larga faixa terrestre, trazendo a fertilidade ao chão e alimentando as fontes, se alongarmos as mãos para recolher o líquido precioso.
Também as bênçãos de Deus se espelham sobre todas as criaturas, porém, para que as possamos sentir, dulcificando-nos as vidas, é preciso que nos unamos, em sintonia feliz, a essas faixas de luz.
E esta sintonia se chama oração.

Redação do Momento Espírita com base no cap.3 do livro
Rosângela, pelo Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira,
ed. Fráter e do texto Se amas a Deus, de Amado Nervo, do livro
Um presente especial, de Roger Patrón Luján, ed. Aquariana.
Em 08.02.2010.



sábado, 20 de fevereiro de 2010

Vencer os outros não chega a ser uma grande vitória.
Vitorioso é aquele que consegue vencer a si mesmo, o que é muito mais difícil.
Ela requer mais coragem, mais disciplina e mais decisão.
O simples fato de tentar de novo já será sua primeira vitória.
 
O doador

O gesto de doar é um dos mais lindos aos olhos de Deus.
O doador é alguém que esquece de si mesmo para pensar no outro.
Certa vez, um senhor que estava voltando do laboratório onde costumava doar sangue, foi chamado ao telefone, no seu escritório.
Era a esposa a lhe informar do acidente ocorrido com o filho, que já estava fora de perigo graças à transfusão de sangue, certamente de um doador anônimo.
Naquele momento, o homem se comoveu ao pensar nas outras vidas que o seu sangue já poderia estar salvando.
Esse caso é muito interessante, porque nos demonstra que o bem que promovemos sempre retorna para nós mesmos.
Mas, juntamente com as transfusões sanguíneas, os transplantes de órgãos constituem um dos avanços mais significativos da medicina.
Devido ao progresso tecnológico, hoje em dia, já é possível o transplante de córnea, ossos, pele, cartilagens, vasos e até mesmo de rins, fígado e coração.
Algumas pessoas se mostram preocupadas com a situação do doador após a morte.
Temos aprendido que o Espírito sobrevive à morte e mantém sua aparência, sua psicologia, sua individualidade.

Isto faculta alguns questionamentos:
O Espírito sentirá dores na retirada de órgãos para a doação?
O seu corpo espiritual, o perispírito, ficará mutilado?
Normalmente o ato cirúrgico não implica em dor para o Espírito desencarnado.
A agonia da morte impõe uma espécie de anestesia geral ao doente, com reflexos no Espírito, que tende a dormir nos momentos cruciais da grande transição.
Além disso, o perispírito não sofre mutilação alguma com a doação de órgãos.
Quem deseje doar córneas, por exemplo, não receie ficar cego no mundo espiritual, pois isso não acontece.
O único cuidado que se deve tomar na questão do transplante, é o de não acelerar a morte clínica dos acidentados no ensejo de salvar outras vidas.
Os Espíritos nos ensinam que cada segundo de vida no corpo físico é um instante precioso para o Espírito encarnado.
Pense um pouco nas vidas que você poderia ajudar a salvar, ao doar sangue regularmente, ou ao permitir que, após a sua morte, partes do seu corpo venham a ser úteis para outras pessoas.

* * *
Já nos dizia Francisco de Assis, em sua oração:
Senhor, ajuda-me a perdoar mais do que ser perdoado;
Compreender que ser compreendido;Amar que ser amado.
Porque é dando que se recebe;
É perdoando que se é perdoado;
É amando que se é amado;
E é morrendo que se nasce para a vida eterna.
Pense nisso, mas pense agora.
Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Como ser agradável

Um jardineiro tratava com cuidado da propriedade de influente juiz de Direito.
Pouco se falavam, e sua relação beirava a frieza.
O juiz raras vezes se dirigia àquele empregado para transmitir alguma orientação mas, naquele dia, foi ao seu encontro para dar sugestões sobre onde plantar uma e outra árvore.

As orientações foram passadas de forma direta, séria, sem rodeios e gentileza.
Num determinado momento, mudando o rumo da conversa, o jardineiro disse:
Sr. Juiz, o senhor tem uma excelente distração!
Estive admirando seus lindos cães. Penso que o senhor já conseguiu vários primeiros lugares em exposições!

O efeito dessa pequena dose de apreciação foi grande.
Sim. – respondeu o juiz, esboçando sorriso orgulhoso.

Os meus cães me servem de excelente distração. Gostaria de ver o meu canil?

Passou quase uma hora mostrando-lhe os cães e os prêmios que eles tinham recebido.
Ele mesmo foi buscar os pedigrees e explicou os cruzamentos responsáveis por tanta beleza e inteligência.
Depois de um tempo, o juiz, de cenho já muito modificado, virou-se para o jardineiro e perguntou:

Tem algum filhinho?
A pergunta pegou o jardineiro de surpresa, pois nunca antes lhe havia sido feito um questionamento pessoal.
Sim, tenho. – respondeu, timidamente.
Bem, ele não gostaria de um cachorrinho?

Oh, o seu contentamento não teria limites! – afirmou o homem com sorriso nos olhos.
Pois bem, vou dar-lhe um. – disse o juiz.
Então começou a ensinar como alimentar o cãozinho. Parou um pouco.
Você esquecerá de tudo quanto eu lhe disser. É melhor que eu escreva.

O juiz entrou, escreveu à máquina o pedigree e as instruções sobre alimentação e as entregou ao jardineiro, junto com o cachorrinho valioso.
Gastou mais de uma hora de seu tempo explicando, ensinando, pois havia sido conquistado pelo comportamento agradável daquele homem simples.
Analisando melhor toda cena, veremos que o jardineiro nada mais fez do que um rápido elogio, proferindo algumas palavras agradáveis ao outro.

O juiz, sentindo-se valorizado, teve prazer em estender a conversa e ainda deixou brotar em si um sentimento de fraternidade, pensando no outro, em seu filho, terminando por lhe oferecer um presente.
* * *
Gentileza gera gentileza.

Ser agradável contagia e derruba qualquer cenho carregado, qualquer mau humor momentâneo.

Numa sociedade onde tantas palavras desagradáveis correm soltas aqui e ali, onde tantas reclamações e xingamentos incendeiam os ânimos e machucam as almas, faz-se importante aprender a ser agradável.

Ser agradável sempre, independente da situação que estejamos vivendo, independente de como estamos sendo tratados e recebidos.

Agindo assim filtramos o ambiente pesado do mundo, e espalhamos o perfume da fraternidade.

Tal comportamento traz sempre frutos bons e surpreendentes pois representa, em sua essência, o amor.
Redação do Momento Espírita inspirado no cap. 6, do livro
Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie,
ed. Companhia Editora Nacional.
Em 17.11.2009.